De que é feito o som de um filme?

movie-918655_192016x9Está tudo muito bem explicadinho neste podcast:

When you think of a movie soundtrack, you probably think music. And sure, that’s one of the many, many things going on there. What else goes into making a scene sound “natural”? It isn’t what you’d think. Meet a major motion picture sound designer who unpacks all the layers of sound that go into your favorite movies and a woman who gets tigers to sing… on tape

Um episódio do pocast “Twenty Thousand Hertz“, dedicado “às histórias por trás dos sons mais interessantes do mundo”.

Alto Bairro, de Rui Simões

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Projecção no Museu do Dinheiro em Lisboa, amanhã, 3 de Março, às 16h

Alto Bairro (98 min). Rui Simões, Portugal, 2014

1950, Bairro Alto. João tem 13 anos e decidiu fazer uma investida no “bairro das prostitutas”, em Lisboa. Foi o início de uma etapa nova a sua vida, num bairro também ele feito de etapas distintas. O que resta hoje do Bairro Alto das prostitutas, dos jornalistas, artistas e artesãos? Que mudanças o atravessam e como poderão afetar o futuro da cidade? Seguimos os rostos e as vozes que o recheiam pelas ruas vazias do dia e pela excitação da noite numa tentativa de inscrever as memórias e expectativas, os sonhos e anseios que compõem o Bairro Alto no ano do seu 500.º aniversário. O filme conta ainda com testemunhos de figuras públicas que ali vivem há vários anos, entre eles Anita Guerreiro, Gisela João, Capicua, António Zambujo, António Sala, Mariza ou José Fonseca e Costa.

Crítica do Público

Programa do SCI-DOC 2018

scidoc-logo-editJá foi publicado o programa do Festival Europeu de Documentário Científico.  Mais informações neste artigo do Público ou podem descarregar o PDF com a programação aqui.

A Cinemateca também se associa projectando 3 filmes do seu arquivo, do qual destaco “O Mundo do Silêncio“, de Jacques Cousteau (via Louis Malle…)

Deixo aqui o Youtube, mas é um filme para ver em sala.

De salientar que o “Comandante Cousteau” era filho da sua época e o objectivo dele era estender aos mares o domínio que os humanos tinham conseguido em terra, daí haverem verdadeiros crimes ecológicos neste documentário. As preocupações ecológicas só apareceram com os filhos de Cousteau, especialmente Philippe Cousteau, que morreu num acidente no Tejo à frente de Alverca quando testava a estanquicidade do seu avião anfíbio PBY Catalina depois de reparações nas OGMA.

O melhor documentário que já vi sobre Cousteau é franco-alemão, tem muitas cenas “reconstruídas”, mas já não há purismos, pois não? Está disponível nos sítios do costume.

 

Kodak Digital Services junta-se à Prasad em Londres para digitalizar filme

A Kodak Digital Services juntou-se à Prasad (“fabricante” do scanner DFT Scanity e agora pelos vistos também da Sondor) para oferecer em Londres um serviço completo de digitalização de filme com o, na minha opinião, melhor scanner de película cinematográfica alguma vez feito, o Scanity HDR WetGate.

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Kodak and Prasad launch integrated film digitization and archiving initiative in the UK

The new facility, operated by KODAK Digital Services London, includes a state-of-the-art 4K Scanity HDR film scanner with full Wetgate functionality, which is the first of its kind to be available in the UK. Manufactured in Germany by Digital Film Technology (DFT), a subsidiary of Prasad, the new scanner provides complete scanning solutions for Dailies, Mastering, and Archive film in a range of resolutions from 0.5K to 4K. The scanner employs unique triple exposure technology to facilitate constant scanning speeds, which dramatically improves time and cost barriers when scanning high density or historically-aged film content and has been designed to manage even the most delicate film including notched or damaged edges, warped and even severely shrunken film.

KODAK Digital Services London offer a range of specialized services including full 2K and 4K dailies pipeline with grading and reviewing facilities. We also offer on-site physical inspection and repair to damaged film prior to scanning. Film is cleaned on KODAK’s P-200 film cleaner, with variable speed, tension control and solvent delivery, providing exceptional care for aged or brittle film content. Our managed service will include inspection, full cataloguing and storage.

P.S. Entretanto escapou-me que a Sondor também foi comprada pela Prasad. How the mighty have fallen…

Eia cavalinho!

Filme de época? Carruagens COM cavalos? Há uma biblioteca de sons para ti! Stallion da ProSoundEffectsstallion_large

Tenho zero experiência com os produtos desta biblioteca, mas temos feito filmes por cá em esta porcaria tinha dado um jeitaço…

Lista de sons em PDF

Novo scanner de filme doméstico: KODAK SCANZA Digital Film Scanner

Pois é, finalmente alguém (a sombra da Kodak) se lembrou de recuperar estes scanners de filme fotográfico doméstico, com a vantagem de suportar todos aqueles formatos pequeninos inventados pela… Kodak!

Kodak – Scanza

Slides também são papados (pena não ter um alimentador) e até scana 8mm e Super8, mas não estou bem a ver como se desenrolam as bobines… À mão?

scanza-features-horizscanza-boxThe KODAK SCANZA Scanner features an intuitive user interface that allows users to enhance the image quality of their film, including the ability to adjust RGB levels and brightness for ideal image coloring. With the scanner’s gallery mode, users can display images in a slideshow, then rotate, flip and delete images as they see fit.

KODAK SCANZA Scanner Highlights and Benefits:

  • Convert Film to JPEG in Seconds – The SCANZA scanner’s powerful 14-megapixel sensor captures images from 35mm, 126, 110, Super 8 and 8mm negatives and slides in stunning HD clarity, while its optional integrated interpolation setting enhances images up to 22-megapixels.
  • Large 3.5” LCD Screen – The high-definition built-in LCD color display features adjustable brightness and convenient tilt for easy operation and image viewing, allowing users to easily edit images using the scanner’s various settings.
  • An Adapter for Everything – The KODAK SCANZA scanner ships with multiple film inserts and adapters for converting various negatives and slides for fast and flexible operation; it’s large one-touch buttons allow for one-step scan and save.
  • Intuitive User Interface – Displayed on the scanner’s clear, bright LCD screen, the user interface includes a helpful tray and insert directory, as well as simple-to-navigate image editing capabilities and a gallery for browsing through saved images.
  • HDMI/Video Cables and More Included – The KODAK SCANZA scanner comes with everything needed to start scanning images, including HDMI/video cables for viewing images on a television, an AC adapter, USB power cable and a film cleaning brush.

Pricing and Availability
The KODAK SCANZA scanner is available now for $169.99 USD on Amazon

Fonte: KODAK SCANZA Digital Film Scanner converts film to JPEG files | Kodak

SCI-DOC: Festival Europeu de Doc. Científico – 1 a 4 de Março

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Um fim-de-semana inteiro com documentários científicos à borliú?? WHAAATT???!!!

A programação competitiva está dividida em oito categorias, sendo elas: Ambiente, Ano da Física, Documentário, Investigação Médica, Mulheres na Ciência, Novos Media – Não Interactivo, Programas de TV Generalistas, TV Drama e Docudrama. Ao todo serão exibidos mais de 40 filmes. A programação completa será anunciada em breve.

Espera, Mike, espera…

Paralelamente, foi desenhado pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema um programa especial a partir do seu arquivo.

Não posso acreditar!!!

É que não posso ir, tenho o fim-de-semana ocupado… Vá alguém por mim e conte-me!

Obrigado Apordoc, EuroPAWS e EuroScience !

Mal encontre a programação publico!

Clube do Livro

Neste interregno devorei alguns livros sobre cinema que gostava de partilhar. Começo por Motion Studies: Time, Space & Eadweard Muybridge (Amazon) da escritora e ensaísta Rebecca Solnit (site pessoal). O título da versão americana original é River of Shadows: Eadweard Muybridge and the Technological Wild West – Wikipedia

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O livro está escrito de uma maneira absolutamente fascinante, evocando o Oeste das vistas largas, a aventura de estar sozinho durante meses para campanhas fotográficas no terrenos “virgens” de Yellowstone (sem deixar de chamar a atenção que era virgem coisíssima nenhuma, pertencia a índios que consideravam alguns daqueles lugares sagrados) e como a vida pessoal de Muybridge era um perfeito reflexo do Oeste Selvagem onde qualquer pessoa disposta a tudo e com amizades com as pessoas certas se podia reinventar mais do que uma vez.

Solnit (Wikipedia) é uma grande escritora que fiquei com muita vontade de ler com maior profundidade.

Texto de entrevista com a PBS sobre o livro

O comentário do The Guardian sobre o livro

 

Sony diz que vai começar a entregar câmaras VENICE

Enquanto andei mais preocupado com os restauros e migrações, a malta do “cinema novo” continuou a digerir o elefante digital e muita coisa mudou em dez anos.

A Sony, depois de ter dado o tiro de partida com as suas câmaras HDCAM “panavisadas”, ter colaborado com a Panavision na câmara Millenium, etc., agora tenta manter-se relevante com uns porta-aviões que só podem ser loss-leaders para mostrar que sabem fazer câmaras e levar o pessoal a comprar os produtos mais baratos. Como a classe S da Mercedes vende muitos classe A…

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Um deles é esta câmara VENICE. E porque é que dei importância à Panavision? É que esta câmara tem um sensor 24×36 Full Frame, o que significa que se podem aproveitar de novo todas essas objectivas anamórficas vintage Panavision, (e Zeiss, e Cooke) para ter realmente uma imagem com pedigree.

Portanto, se com as câmaras digitais as puseram na gaveta, está na altura de lhes tirar o pó. E se compraram umas baratas a alguém que se queria desfazer delas, já estão a meio caminho de justificar o custo da câmara!

Infelizmente, Sony é Sony e estou mesmo a ver que onde tudo vai encalhar é quando for altura de fazer montagem e grading e garanto que alguém vai usar os proxies ProRes como imagem final.

Sarna!

Sic transit gloria mundi

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Antiga Snell, antiga Snell+Wilcox, inovadora com as suas garagens multi-placas que permitiam processar quase tudo o que era vídeo sem ocupar racks e racks, um bocado cegueta quanto a abrir os protocolos de controlo e permitir criar interfaces programáticas fora do seu ecossistema proprietário, jogadora matreira no projecto de “restauro vídeo” AURORA  e incapaz de dar rapidamente o salto para aplicar as mesmas ferramentas a workflows HD e DPX, demorando demasiado tarde a abandonar o seu hardware por causa do undercutting brutal de empresas “born digital” como a Blackmagic, virando-se para produtos de software que respondiam a necessidades já respondidas por outros inovadores que não lhe cederam quota de mercado,  acabou comprada pela Belden/GrassValley

Este é só o início de uma série, caríssimos. A mortandade já dura há dez anos…